sábado, 5 de dezembro de 2009


Zeca Baleiro - Cigarro


Zeca Baleiro

A solidão é meu cigarro

Não sei de nada e não sou de ninguém

Eu entro no meu carro e corro

Corro demais só pra te ver meu bem

Um vinho, um travo amargo e morro

Eu sigo só porque é o que me convém

Minha canção é meu socorro

Se o mar virar sertão, o que é que tem?

Dias vão, dias vem, uns em vão, outros nem...

Quem saberá a cura do meu coração senão eu?

Não creio em santos e poetas

Perguntei tanto e ninguém nunca respondeu

Melhor é dar razão a quem perdoa

Melhor é dar perdão a quem perdeu

O amor é pedra no abismo

A meio passo entre o mal e o bem

Com meus botões a noite cismo

Pra que os trilhos, se não passa o trem?

Os mortos sabem mais que os vivos

Sabem o gosto que a morte tem

Pra rir tem todos os motivos

Os seus segredos vão contar a quem?

Dias vão, dias vem, uns em vão, outros nem

Quem saberá a cura do meu coração senão eu?

Não creio em santos e poetas

Perguntei tanto e ninguém nunca respondeu

Melhor é dar razão a quem perdoa

                                                Melhor é dar perdão a quem perdeu.







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